Aprendeu muito. Descobriu a fome, a sede, o sono, o frio, o calor e, ainda, uma solução para tudo. Descobriu a utilidade de árvores, as vantagens e riscos dos animais. O que ainda não tinha descoberto é que não era única. Achava-se superior, imperatriz da selva, não tinha visto nenhum animal com habilidades como as suas. Urrava, gritava, ria, corria.
Não tinha descoberto casa, talvez porque nunca precisara, e assim cabia numa perfeita nômade selvagem. Punha-se a andar e andar e andar. Em uma dessas andanças ficou por demasiado surpresa. Achara, até então, que já tinha descoberto de tudo. No entanto, agora, via-se diante de muitos outros mistérios a ser desvendados.
A estrelinha não sabia, mas tinha caído numa floresta. Não poderia ter caído em lugar melhor. E por andar e andar e andar, acabara por estar a 'porta' de um outro lugar, o que, para nós, é a civilização. Ah, pobre estrelinha! Não sabia se sentia medo ou se ficava felicíssima. Via que não era mais única, existiam muitos outros como ela e eles eram estranhos pois faziam sons e se entendiam com barulhos, sinais. Tinha trocentas coisas que não fazia a mínima idéia do que podia ser. Não esperou nem mais um segundo, invadiu aquele mundo e pôs-se a descobrir.
0 comentários:
Postar um comentário